Acordo de Paris:
uma análise sob a ótica do direito dos tratados
Resumo
Em dezembro de 2015, na 21ª Conferência das Partes, realizada em Paris, foi aprovado o chamado “Acordo de Paris”. O referido acordo tem por objetivo a redução e controle das emissões de gases geradores do efeito estufa. Em termos numéricos, entre outros, o objetivo é manter o aumento médio da temperatura global em menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais. Tendo por base o referido acordo, o presente artigo terá por objetivo analisá-lo sob a ótica do direito dos tratados. Sendo assim, a construção do texto passará por todas as etapas do tratado, desde as negociações prévias e texto-base até a formulação de reservas e denúncia, com a adoção do método dedutivo para tanto. O foco é estudar as referidas etapas de maneira prática, escolhido o referido tratado em razão da importância de seu conteúdo, assim como sua recente aprovação.
Referências
BODANSKY, Daniel; O’CONNOR, Sandra Day. Could a future president reverse U.S approval of the Paris Agreement? Legal Note. Center for Climate and Energy Solutions: Arlington. 2016.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Available at:
BRASIL. Decreto nº 4.388, de 25 de Setembro de 2002. Promulga o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional. Brasília, DF. Available at:
BRASIL. Decreto nº 7.030, de 14 de dezembro de 2009. Promulga a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66. Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. Brasília, DF, Available at:
BRASIL. Decreto nº 9.073, de 05 de junho de 2017. Promulga o Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, celebrado em Paris, em 12 de dezembro de 2015, e firmado em Nova Iorque, em 22 de abril de 2016.Acordo de Paris. Brasília, DF, Available at:
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Tramitação dos Atos Internacionais no Congresso. 2017. Estudos e Notas Técnicas. Consultoria de Portas Abertas. Palestra 9. Plenário 15. Disponível em:
CLIMATE FOCUS. The Paris agreement summary. Briefing Note: Amsterdam. 2015.
DAILLIER, Patrick; DINH, Nguyen Quoc; PELLET, Alain. Direito Internacional Público. 2. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003. Tradução de Vítor Marques Coelho.
DOEBBLER, Curtis; SINGH, Margaretha Wewerinke. The Paris Agreement: some critical reflections on process and substance. UNSW Law Journal. vol. 39(4). pp. 1486-1517. Sidney. 2016.
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2015.
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. The Law of treaties: a comprehensive study of the 1969 Vienna convention and beyond. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método. 2016.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Acordo de Paris. Mma.gov.br. Retrieved 14 January 2018, from http://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris. 2018.
SHAW, Malcolm. International law. Cambridge: Cambridge University Press. 2017.
UNITED NATIONS. Treaty Handbook. Prepared by the Section of the Office of Legal Affairs. New York: United Nations Publication. 2012.
UNITED NATIONS. The Paris Agreement. Framework convention on climate change. FCCC/CP/2015/L.9/Rev.1. Paris. 2015.
UNITED NATIONS Framework Convention on Climate Change. Paris Agreement - Status of Ratification. Washington. 2017.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution 4.0 International License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (exemplo.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.